“Dois padres jesuítas portugueses, no século 17, Sebastião Rodrigues e Francisco Garupe, viajam até o Japão em uma época onde o catolicismo foi banido, assim como quase todo o contato externo. A procura do mentor deles, os jesuítas enfrentam a violência e perseguição de um governo que deseja expurgar todas as influências externas.”
Esta é a sinopse de Silêncio, o longa-metragem que assisti ontem. Mas o texto acima jamais poderia definir ou resumir o magnífico filme que é Silêncio, mais uma obra-prima de Martin Scorsese. É como estava escrito numa matéria que li sobre o filme momentos antes de assisti-lo: Não é entretenimento, é cinema de primeira! Eu diria mais: é Arte de primeira, pois acima de tudo Silêncio cumpre com o papel fundamental de qualquer expressão artística, que é causar reflexão.
Reflexão realmente é a palavra de ordem no que se refere a este filme – é impossível não sair do cinema sem pensar ao menos um pouco em algumas questões que foram magistralmente colocadas e debatidas no longa.
Até onde vai o limite da imposição ou sugestão de uma ideia? Até onde vai o limite de combater esta mesma ideia? Até onde vai o limite da fé? Há limites para fé? Será que alguém pode matar a fé de outrem? E mais, no limite da dor e do sofrimento, qual é o maior ato de fé?
Por essas e outras que recomendo vivamente Silêncio, com a certeza que ele vai causar um tanto de “barulho” em seu cérebro ou em seu espírito.
Bom filme!